Por Annie Wallker, 20/11/2014, às 00h59
Semana passada, dia 13 de novembro, o Brasil perdeu um dos maiores poetas brasileiros.
Manoel de Barros (1916-2014), singelo, doce e encantador, teve seus poemas musicados por Márcio Camillo no espetáculo Crianceiras. O Poeta, grande artista com alma de criança, se foi, mas a poesia ficou e o Brisa Literária não podia deixá-la de fora da coluna Nossas Brisas.
Semana passada, dia 13 de novembro, o Brasil perdeu um dos maiores poetas brasileiros.
Manoel de Barros (1916-2014), singelo, doce e encantador, teve seus poemas musicados por Márcio Camillo no espetáculo Crianceiras. O Poeta, grande artista com alma de criança, se foi, mas a poesia ficou e o Brisa Literária não podia deixá-la de fora da coluna Nossas Brisas.
Retrato do artista quando coisa
A maior riqueza do homem é sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou — eu não
aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre
portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que
compra pão às 6 da tarde, que vai lá fora,
que aponta lápis, que vê a uva etc. etc.
Perdoai.
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
Fonte: BARROS, Manoel de. São Paulo: Leya, 2010.
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