Pernambuco, tão masculino,
que agrediu tudo, de menino,
é capaz das frutas mais fêmeas
e da femeeza mais sedenta.
São ninfomaníacas, quase,
no dissolver-se, no entregar-se,
é tão carnal, grosso, de corpo,
de corpo para o corpo, o coito,
que mais na cama que na mesa
seria cômodo querê-las.
João Cabral de M elo Neto
Boa brisa!FONTE:
Melo Neto, João Cabral de (1920-1999). Poesia completa e Prosa/ João Cabral de Melo Neto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
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